OMS não recomenda 3ª dose da vacina contra covid-19? Entenda indicação

A entidade avaliou que, no panorama atual da doença, adultos saudáveis não precisam tomar uma segunda dose de reforço; saiba mais

Da redação

OMS não recomenda quarta dose da vacina contra covid-19 para adultos saudáveis
Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que, no cenário atual, adultos saudáveis que já se vacinaram contra covid-19 com a série primária e um reforço não precisam de mais doses da vacina.

A entidade internacional aponta que a série primária pode ser composta de uma, duas ou três doses, dependendo de qual vacina é usada e quais são as características do grupo que recebeu o imunizante. Ou seja, até quatro doses podem ser necessárias para adultos saudáveis.

As orientações foram publicadas nesta terça-feira (28) e são resultado de estudos do Grupo Estratégico de Aconselhamento de Especialistas em Imunização (SAGE, na sigla em inglês).

A OMS aponta que as informações consideram somente o panorama atual da epidemia no mundo e não valem para o longo prazo ou para análises de cenários anteriores.

Ainda assim, a organização reforça que grupo considerado de alto risco para doença deve continuar tomando vacina de reforço de 6 a 12 meses após a última dose.

Neste grupo, estão idosos, adultos com comorbidades - como diabetes e doenças cardíacas, pessoas imunossuprimidas - como aquelas que tem HIV, gestantes e trabalhadores da área de saúde que atuem na linha de frente contra a covid-19.

Quem ainda precisa tomar dose de reforço da vacina contra covid-19, segundo a OMS?

A organização aponta que grupo de alta prioridade para imunização ainda deve tomar reforços de 6 a 12 meses. O intervalo de tempo exato é definido pela idade e condição de saúde da pessoa. São considerados de alto risco:

  • Idosos;
  • Adultos com doenças pré-existentes que agravem a doença, como diabetes;
  • Imunossuprimidos - pessoas que têm HIV ou receberam transplante, por exemplo;
  • Gestantes
  • Trabalhadores da linha de frente na área de saúde.

Quem, no cenário atual da covid-19, não precisa tomar reforço, segundo a organização?

A OMS ainda define mais dois grupos: de média prioridade e de baixa prioridade. Para esses, a entidade aponta que não são necessários reforços de rotina. 

Somente a série primária - que pode ser composta de uma, duas ou três doses - e um reforço são suficientes, diante do panorama de hoje da doença; Estão no grupo de média prioridade:

  • Adultos saudáveis, geralmente abaixo dos 60 anos, sem doenças já existentes que podem agravar a doença.
  • Adolescentes e crianças com comorbidades.
Ainda que as doses adicionais sejam seguras para esse grupo, o SAGE não recomenda o reforço de rotina, dado o baixo retorno para saúde pública, escreve a OMS.

No grupo de baixa prioridade, estão:

  • Crianças e adolescentes saudáveis, de 6 meses a 17 anos de idade.

Para essa população, o SAGE aponta que cada país deve considerar se deve vacinar até mesmo com série primária e uma dose de reforço. A organização aponta que a vacinação é segura e efetiva para esse grupo. Mas que, devido à baixa carga da doença atualmente, as nações podem ter outras prioridades na área de saúde.

"SAGE incentiva os países que consideram a vacinação dessa faixa etária a basear suas decisões em fatores contextuais, como carga de doença, custo-efetividade, custos de oportunidade e outras prioridades de saúde".

Bivalente no Brasil 

No Brasil, a vacina bivalente já está disponível para grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Veja quais são e quem pode tomar o imunizante da Pfizer: 

  • Idosos de 60 anos ou mais de idade;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores;
  • Pessoas imunossuprimidas a partir de 12 anos de idade;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade);
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde (17/04);
  • Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos (17/04);
  • População Privada de Liberdade e Adolescentes em Medidas Socioeducativas (17/04); e
  • Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade (17/04).

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