O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou nesta quarta-feira (21), que a situação humanitária na Faixa de Gaza é desumana e classificou a região como “zona de morte”.
“A situação sanitária e humanitária em Gaza é desumana e continua a se deteriorar (...). Em um nível mais amplo, Gaza se tornou uma zona de morte. Grande parte do território foi destruído, mais de 29 mil pessoas morreram, muitas mais estão desaparecidas e muitas mais estão feridas”, declarou o diretor-geral da OMS.
Segundo a agência de saúde da ONU, a desnutrição grave aumentou dramaticamente desde o início do conflito, em 7 de outubro, passando de menos de 1% para mais de 15% em algumas áreas. “Este número aumentará à medida que a guerra durar e os fornecimentos forem interrompidos”, disse Tedros Adhanom.
Ele destacou que a agência notou com apreensão que o Programa Alimentar Mundial não consegue chegar no norte da Faixa de Gaza com alimentos.
“Que tipo de mundo vivemos quando as pessoas não conseguem obter comida e água, ou quando as pessoas que não conseguem nem andar não conseguem receber cuidados?”, questionou o diretor-geral da OMS. “Em que tipo de mundo vivemos quando os profissionais de saúde correm o risco de serem bombardeados enquanto realizam o seu trabalho de salvar vidas?”, completou.
Tedros Adhanom reforça que é preciso um cessar-fogo, que os reféns do Hamas sejam libertados, que bombas parem de ser lançadas contra o enclave e que ajuda humanitária possa entrar no território. “A humanidade deve prevalecer”, finalizou.