A Organização Mundial da Saúde coloca no consórcio mundial Covax Facility as esperanças para que mais países tenham acesso a uma vacina contra o novo coronavírus.
Em entrevista à BandNews FM, a diretora-geral assistente da OMS e responsável pela área de acesso a medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos, Mariângela Simão, disse que o Brasil terá direito a receber doses para imunizar 10% da população.
No entanto, ainda não é possível saber quantas doses virão nessa primeira leva. As únicas informações confirmadas é que elas serão da AstraZeneca, produzidas na Coreia do Sul e que as primeiras devem chegar ao país em março.
Confira a entrevista na íntegra:
De acordo com ela, receber menos doses do que o esperado será uma realidade de quase todos os países que estão adquirindo vacinas, mas o Brasil deve ter novidades, já na semana que vem, sobre quantidade.
Mariângela também comentou sobre a decisão recente da Alemanha, que recomendou que a dose da AstraZeneca/Oxford não seja administrada em pessoas maiores de 65 anos. Entenda a situação no vídeo abaixo:
Ela disse que as pessoas não precisam ficar preocupadas e que, embora a OMS esteja analisando os dados, a AstraZeneca incluiu idosos nos testes clínicos e os resultados foram bons.
A OMS também acompanha o estudo de soros que ajudam a reduzir a carga viral em pacientes com covid-19: um deles, aliás, está próximo de começar a ser testado em humanos, aqui no Brasil, pelo Instituto Butantan.
Na entrevista, Mariângela exaltou a busca e a pesquisa por remédios que impeçam as pessoas de morrer por causa da doença, mas disse que prefere "manter os pés no chão".
Ela fez questão de frisar que, hoje, apenas um medicamento tem a chancela da Organização Mundial para ser usado no tratamento da doença: a Dexametasona.
Hoje, há cerca de 1.700 estudos clínicos de drogas para tratamento da Covid-19 sendo acompanhados pela OMS.