A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de aprovar o uso emergencial da CoronaVac. A vacina contra a Covid-19 foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e é fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan.
Com a decisão, a vacina poderá ser usada por todos os instrumentos internacionais, como a Covax Facility, que autoriza a inclusão do imunizante no consórcio global, que hoje enfrenta a falta de doses.
A medida também significa que as pessoas vacinadas com as duas doses da CoronaVac estarão autorizadas a viajar para a Europa dentro no novo esquema de abertura de fronteiras da União Europeia.
Em comunicado, a OMS afirmou que a CoronaVac atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação. A entidade recomendou o uso da vacina em maiores de 18 anos no esquema de imunização com duas doses, com espaçamento de duas a quatro semanas (como é realizado no Brasil).
Em nota, o Instituto Butantan celebrou a aprovação. “O Butantan se orgulha de ter contribuído para mais essa conquista, uma vez que a OMS considerou, para sua decisão, os dados de eficácia da vacina produzidos a partir de pesquisa clínica de fase 3 com 12,5 mil voluntários realizada no Brasil sob a coordenação do instituto entre julho e dezembro de 2020”.
A OMS aponta ainda que os resultados de eficácia da vacina mostram que ela preveniu casos graves da Covid-19 em 100% dos casos estudados.
É a segunda vacina chinesa que ganha o sinal verde da OMS, e a sexta aprovada pela agência da ONU, que já tinha dado aval para Pfizer, Moderna, Sinopharm, AstraZeneca e Janssen. A decisão já era esperada pelos países, depois que os testes e protocolos foram encaminhados à OMS.
“O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas contra a Covid-19 para lidar com a enorme desigualdade de acesso em todo o mundo”, disse a brasileira Mariângela Simão, diretora-geral assistente da OMS. “Pedimos aos fabricantes que participem do Covax Facility, compartilhem seus conhecimentos e dados e contribuam para o controle da pandemia”, conclui.