Autoridades sanitárias da Holanda anunciaram que a variante ômicron já estava presente no país antes de ter sido reportada pela primeira vez na África.
Um instituto de virologia do país examinou amostras de pacientes colhidas entre os dias 19 e 23 de novembro, e detectaram a nova variante.
Os casos positivos estão relacionados a passageiros que vieram da África do Sul e foram testados no aeroporto de Amsterdã no último dia 19 de novembro.
Todos os contatos com os infectados estão sendo rastreados.
A cepa havia sido identificada inicialmente na África do Sul, em 24 de novembro, e foi classificada como “preocupante” pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
No Brasil não há nenhum caso confirmado com a nova cepa, mas São Paulo, Paraná e Minas Gerais acompanham pacientes que podem estar infectados pela mutação.
Ômicron: O que se sabe sobre a nova variante da covid-19
Os primeiros casos da variante B.1.1.529 foram identificados em Botsuana em 11 de novembro. Três dias depois, o primeiro de vários casos do B.1.1.529 foi confirmado na África do Sul.
Ainda não há informações a possibilidade de a variante ômicron apresentar uma mudança nos sintomas ou na gravidade da Covid.
Grande número de mutações
Os cientistas ainda estão estudando a nova variante, mas eles já identificaram pelo menos 32 mutações na proteína spike, que é o alvo da maioria das vacinas já desenvolvidas e ponto chave que o vírus usa para invadir as células do corpo. Ainda não se sabe se a variante diminui a eficácia dos imunizantes disponíveis atualmente.
"Essa variante parece se espalhar muito rápido. Em menos de duas semanas ela já domina as infecções," escreveu no Twitter Tulio de Oliveira, virologista brasileiro e diretor do Centro para Resposta Epidemiológica e Inovação (CERI, na sigla em inglês), da África do Sul.
O grande (e incomum) número de mutações sugere que a ômicron pode ter surgido durante uma infecção crônica de uma pessoa imunocomprometida, como um paciente com HIV não tratado.