Ômicron: cientistas divulgam primeira imagem da nova cepa da Covid-19

Fotos foram coletadas por pesquisadores da Universidade de Hong Kong com amostras de células dos rins de um macaco infectado

Da Redação, com BandNews TV

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong divulgaram, na última quarta, as primeiras imagens da variante ômicron da Covid-19, captadas com a ajuda de um microscópio.

A equipe de patologistas e virologistas divulgou dois registros da nova cepa. As fotos foram coletadas a partir de amostras de células dos rins de um macaco infectado com a variante. 

Na imagem à direita, os cientistas conseguiram inclusive identificar a coroa do vírus. Veja abaixo:

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A ômicron foi detectada pela primeira vez na África do Sul, no começo de novembro. Desde então, já se espalhou por mais de 50 países.

Ômicron: O que se sabe sobre a nova variante da covid-19 com mais mutações

Cientistas fizeram um alerta sobre a ômicron, a nova variante da covid-19 que tem um número alto de mutações e pode causar uma nova onda de infecções pela doença, já que ela poderia escapar dos sistema imunológico. Ela apresenta mais que o dobro de mutações que a delta. 

A ômicron (B.1.1.529) foi classificada como “preocupante” pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e ganhou um novo nome: Ômicron. A OMS resolveu nomear as novas cepas do Sars-cov-2 com letras do alfabeto grego. Ômicron é a 15ª letra. 

Os primeiros casos da variante B.1.1.529 foram identificados em Botsuana em 11 de novembro. Três dias depois, o primeiro de vários casos do B.1.1.529 foi confirmado na África do Sul. Em alguns países, como no Brasil, entrou antes mesmo de ter sido anunciada pela OMS. São pelo menos seis casos confirmados no País, que ainda não optou por adotar o chamado “passaporte da vacina” para viajantes que chegam em aeroportos.

Ainda não há informações a possibilidade de a variante ômicron apresentar uma mudança nos sintomas ou na gravidade da Covid. A médica sul-africana que identificou os primeiros casos de Covid-19 infectados pela nova cepa relatou que seus pacientes apresentaram sintomas incomuns, mas moderados, como fadiga intensa e pulsação alta.

Grande número de mutações

A Covid-19 evoluiu para se tornar mais contagiosa com o tempo. A variante alfa, detectada pela primeira vez no Reino Unido no ano passado, foi mais facilmente passada de pessoa para pessoa do que a versão original do Sars-Cov-2. A variante delta, posterior, era mais transmissível do que alfa.

Os cientistas ainda estão estudando a nova variante, mas eles já identificaram pelo menos 32 mutações na proteína spike, que é o alvo da maioria das vacinas já desenvolvidas e ponto chave que o vírus usa para invadir as células do corpo. Isso representa o dobro de mutações da cepa delta.

Considerado as variações das mutações, os cientistas prevêem que o vírus terá maior probabilidade de infectar --ou reinfectar-- pessoas. 

"Essa variante parece se espalhar muito rápido. Em menos de duas semanas ela já domina as infecções," escreveu no Twitter Tulio de Oliveira, virologista brasileiro e diretor do Centro para Resposta Epidemiológica e Inovação (CERI, na sigla em inglês), da África do Sul.

Os cientistas estão preocupados com o número de mutações e com o fato de algumas delas já foram associadas a uma capacidade de escapar da proteção imunológica existente. Mas estas previões são teóricas, e laboratórios estão testando a eficácia com que os anticorpos neutralizam a nova variante. 

O avanço da ômicron, com as taxas de reinfecção, e os sintomas que ela provocar também darão uma indicação mais clara sobre a extensão de qualquer alteração na imunidade. Os cientistas não esperam que a variante seja totalmente irreconhecível para os anticorpos existentes --consideram apenas que as vacinas atuais podem dar menos proteção. 

Portanto, um objetivo crucial continua sendo aumentar as taxas de vacinação, incluindo terceiras doses para grupos de risco.

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