Se a noite fosse um livro, o pôr do sol seria apenas o primeiro capítulo. No céu, as estrelas. O fascínio por elas é ancestral. São incontáveis, mais numerosas que todos os grãos de areia presentes na Terra.
Um dos personagens desse livro é Julio Lobo, astrônomo, um professor das estrelas. Há 40 anos, ensina sobre esse universo – tão distante e tão próximo – através dos telescópios do primeiro Observatório Municipal do Brasil, em Campinas, no interior de São Paulo.
Para conseguir observar o céu, a humanidade desenvolveu tecnologia Telescópios que revelam detalhes impressionantes, mas também é possível contemplar as estrelas com uma pequena luneta, binóculos ou simplesmente a olho nu.
Para tirar o melhor proveito dessa experiência, a dica é simples: buscar um lugar afastado dos centros urbanos e totalmente escuro, para que o brilho das luzes da cidade não apague o das estrelas.
Nesse momento, o do cometa
Essa história ganhou em março mais um capítulo. O título? Neowise. Descoberto pela Agência Espacial Americana (NASA), o cometa no hemisfério norte deu um show – algo raro de se ver. No Brasil, ele fica visível até dia 30 entre o fim da tarde e o início da noite.
Essa rocha espacial só vai escrever páginas desse capítulo de novo aqui na Terra daqui a 6 mil e 800 anos. Nesse capítulo é preciso contar com a sorte. Neowise está baixo no horizonte e perdendo o brilho, mas é bom seguir com o telescópio apontado para o alto!
Neste mês, cinco planetas estarão visíveis a olho nu. Júpiter e Saturno logo no início da noite. Marte, por volta das 23h30. Já Vênus só dá as caras depois das 4h da manhã e, Mercúrio, quase ao amanhecer. Um espetáculo para os olhos e ainda mais impressionante pelas lentes do telescópio.
