Oito mulheres são agredidas por minuto no Brasil durante pandemia, diz pesquisa

O maior índice de violência registrado foi contra mulheres mais jovens, entre 16 e 24 anos

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Durante a pandemia da Covid-19, oito mulheres são agredidas por minuto no Brasil. As informações são da repórter Giovanna De Boer, da Rádio Bandeirantes

Desde o começo da pandemia, em março do ano passado, especialistas vem alertando sobre o aumento da violência doméstica.

De acordo com a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 7 em cada 10 casos o agressor era um conhecido ou até da mesma família.

Isso porque o isolamento social fez com que o convívio com agressor ficasse ainda mais intenso.

Porém, esse é apenas um dos motivos apresentados pelas vítimas de violência doméstica.

De acordo com a Diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, a perda do emprego e, consequentemente, a perda de renda e aí a dependência financeira é o principal fator gerador de violência.

“O convívio com o agressor é um dos fatores levantados pelas mulheres que sofreram violência, mas é o segundo fator mais citado. O primeiro fator mais citado na verdade foi a questão da autonomia financeira. Perda de renda, de emprego e dificuldade de garantir o próprio sustento foram fatores determinantes para expor as mulheres a uma situação de violência. Quando a gente compara as mulheres que sofreram violência com as que não sofreram nós percebemos que elas estão em uma escala de vulnerabilidade maior”, disse. 

Ainda de acordo com o levantamento, no geral, 25% das mulheres no Brasil sofreram algum tipo de violência durante a pandemia seja física ou psicológica. Já sobre os casos de violência física houve oito agressões a cada minuto.

O maior índice de violência registrado foi contra mulheres mais jovens, entre 16 e 24 anos.

Por isso, é importe a conscientização sobre a ajuda que essas mulheres podem receber, só que para isso, é preciso denunciar, afirma a Diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. 

“É muito importante que a gente conscientize essa mulher que vive em situação de violência a buscar algum tipo de apoio, seja de uma rede de proteção, de familiares, de amigos, de algum equipamento público e em alguns casos mais graves até da polícia”, explicou. 

Para denunciar casos de violência doméstica é só ligar no disque-denúncia: 180

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