Oinegue: Carta à nação de Bolsonaro tem movimento de pacificação

Documento foi publicado depois de reunião com o ex-presidente Michel Temer

Da Redação, com BandNews FM

Carta publicada por Bolsonaro busca amenizar a crise entre os Poderes Fabio Rodrigues/Agência Brasil
Carta publicada por Bolsonaro busca amenizar a crise entre os Poderes
Fabio Rodrigues/Agência Brasil

A "Declaração à Nação", publicada pelo presidente Jair Bolsonaro, é uma carta com um movimento de pacificação, na avaliação do âncora da BandNews FM e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue. O documento foi obtido em primeira mão pelo jornalista. 

Nesta quinta-feira, um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) foi buscar Temer para que os dois se reunissem pessoalmente. A conversa - que aconteceu das 11h até quase 16h - resultou no documento, que busca amenizar a crise entre os Poderes e as acusações de apoio às pautas antidemocráticas, principalmente após os discursos feitos no 7 de setembro. 

Durante o encontro, segundo informações de Eduardo Oinegue, Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, se falaram por telefone por duas vezes.

A conversa de Moraes com o presidente ocorreu depois que o ministro autorizou Temer a negociar um encontro. À época, o ministro afirmou que não tinha interesse em manter o clima de tensão entre os Poderes e reconheceu que o Bolsonaro tem o direito de apresentar o pedido de impeachment contra ele.

Em um ato político no dia 7 de setembro, em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões de Alexandre de Moraes. 

Carta à nação

Depois da reunião,  presidente Jair Bolsonaro publicou a nota oficial no Diário Oficial para tentar amenizar a crise entre os poderes e as críticas e acusações de apoio a pautas antidemocráticas, principalmente após os discursos feitos no 7 de setembro.

O manifesto tem 10 pontos e foi produzido a quatro mãos durante o encontro com Temer. Dentre eles, disse que “não tinha a intenção de atacar nenhum dos outros poderes”, e que não tem “direito de esticar a corda” no que ele pontua como conflitos pelas decisões ministro do STF Alexandre de Moraes, mas pregou respeito às instituições.

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