A doença que vitimou a jornalista Cristiana Lôbo, aos 63 anos, na quinta-feira (11) é chamada de mieloma múltiplo. É um tipo de câncer que ocorre em células do sangue chamadas plasmócitos, produzidas na medula óssea. A doença, que tem taxa de incidência de 7,8 novos casos a cada 100 mil habitantes, ocorre quando o DNA dos plasmócitos sofrem alteração.
Os sintomas mais frequentes são problemas ósseos, especialmente nas costas, quadris e crânio; baixas taxas de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas no sangue, o que pode causar fraqueza e tontura e maiores níveis de cálcio, gerando insuficiência renal e impactos no sistema nervoso, como dor intensa, dormência e fraqueza nos músculos.
O mieloma múltiplo também pode atrapalhar o fluxo do sangue para o cérebro, causando confusão, tontura e sintomas de um AVC. A doença pode prejudicar os rins, ocasionando até mesmo uma falha desses órgãos.
Diagnóstico
De acordo com a Sociedade de Câncer dos Estados Unidos, é difícil diagnosticar o mieloma múltiplo de forma precoce. Isso porque muitos sintomas podem aparecer somente quando o câncer já está em estágio avançado.
Uma das formas de fazer o diagnóstico do mieloma múltiplo é por meio de exames de imagem, como radiografia óssea, tomografia computadorizada, tomografia por emissão de pósitrons, ressonância magnética e ecocardiograma.
Outras alternativas para o diagnóstico são os exames de laboratório, como o hemograma (que mede o nível dos glóbulos vermelhos), a bioquímica sanguínea (que mensura os níveis de creatinina, albumina e cálcio no sangue) e o exame de urina.
Prevenção e tratamento
Evitar a exposição a materiais químicos e tóxicos é um dos cuidados para prevenir esse tipo de câncer.
Entre os tratamentos estão terapias para problemas causados pelo mieloma múltiplo, como fraturas no osso, infecções e insuficiência renal. Também são terapias, assim como em outros tipos de câncer, a quimioterapia e o transplante de medula óssea.