O que é K9, a nova droga sintética que causa “efeito zumbi” nos usuários

A droga é uma “maconha sintética” com efeito 100 vezes mais potente que a droga natural

Por Andrey Mattos

O que é K9, a nova droga sintética que causa “efeito zumbi” nos usuários
K9 é projetada para se parecer com a maconha
Reprodução/Internacional Police Association

A falta de segurança no centro de São Paulo há alguns anos vem tirando o sono de comerciantes e de quem frequenta o local. E um dos retratos dessa situação complicada é a Praça da Sé que tem convivido com diversos furtos e usuários de drogas, que frequentam as mini-cracolândias que se formam pelo local. 

E além do consumo de drogas que já estão no “radar” das autoridades, um novo perigo apareceu. É a K9. Mas o que é essa nova droga? 

O Internacional Police Association define a K9 como uma maconha sintética é uma mistura de produtos químicos industriais com moléculas sintéticas de THC pulverizados sobre qualquer erva seca – como capim, envolto em brilhantes e chamativos pacotes coloridos. Saiba aqui como a K9 é feita.

A droga é projetada para se parecer com a maconha, mesmo não possuindo aroma e a aparência da natural, e vem disfarçada de incenso e ervas aromatizadoras, o que não tem nada a ver com a maconha natural. 

Além de K9, a droga também é conhecida como K2, K4, High Legal, Black Mamba, Cannabis Blends e Spice. E vem sendo vendida por traficantes no centro da maior cidade do país.

K9 pode ter “efeito zumbi” nos usuários

Por ser sintética, a K9 pode ter efeito cem vezes mais potente que a maconha natural. Por isso seu consumo afeta o cérebro de forma diferente do que a droga natural, e, de acordo com o NIDA – o Instituto Nacional de Abuso de Drogas, nos EUA, os usuários podem ter efeitos no organismo como: ansiedade, agitação, náuseas, vômitos, hipertensão arterial, convulsões, alucinações, pânico, incapacidade de comunicação, paranoia, além de levar o usuário a agir com violência. O que vem sendo chamado pelos médicos como “efeito zumbi”. Saiba mais efeitos da K9 aqui.

PCC libera a venda da droga, mas proíbe o consumo nos pontos de venda

Nas redes sociais é possível encontrar vídeos que mostram o estado precário que os usuários dessa droga ficam após o consumo. Em São Paulo é possível achar o entorpecente por R$ 5.

Por ter efeitos tão devastadores, o PCC (Primeiro Comando da Capital) liberou um “salve”, espécie de comunicado, liberando a venda da droga nos pontos controlados pela facção, mas proibindo o consumo no local. Alguns meses antes, a facção tinha proibido totalmente a venda da droga por seus traficantes.

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