Alunos de Medicina que simularam masturbação podem pegar pena de 1 ano

Estudantes da Universidade Santo Amaro foram gravados durante jogo universitário de vôlei feminino; saiba mais sobre a investigação

Da Redação

Alunos de Medicina que simularam masturbação podem pegar pena de 1 ano
Alunos de Medicina da Unisa que simularam masturbação podem pegar pena de até 1 ano
Reprodução/Redes sociais

Os estudantes de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que simularam masturbação durante partida de vôlei feminino de jogos universitários são investigados por ato obsceno.  

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, cidade em que ocorreu a competição em abril deste ano, realiza as investigações. Nesta terça-feira (19), a Unisa expulsou da instituição de ensino os alunos que foram identificados pelo vídeo.

Em imagens que viralizaram no último domingo (17), um grupo de cerca de vinte homens imita uma Volta Olímpica com as calças abaixadas, enquanto seguram as partes íntimas. Assista abaixo.

Segundo relatos de alunos, a prática é um evento recorrente nos jogos e acontece quando uma equipe é vitoriosa. Na ocasião, o time de futsal masculino da Unisa comemorou a vitória das alunas da intituição em uma partida de vôlei feminino contra o Centro Universitário São Camilo.

Ato obsceno

  • O delito é definido por uma manifestação de cunho sexual praticada em local público ou aberto ao público que "ofenda o pudor médio da sociedade".
  • Tipificado no artigo 233 do Código Penal, a pena pode ser de detenção de até um ano ou multa.
  • Caso houvesse denúncia, a simulação de masturbação poderia ser enquadrada como importunação sexual.
  • O crime é definido como "práticas e comportamentos que tenham finalidade de satisfazer desejo sexual", como ficar nu, masturbar-se ou ejacular em público.
  • A pena para importunação sexual é mais grave: de um a cinco anos de reclusão
  • Alvo da provocação, nenhuma das alunas do Centro Universitário São Camilo registrou denúncia, de acordo com a instituição de ensino. (veja nota na íntegra abaixo).

Repúdio do governo e entidade estudantil

Além da própria Faculdade de Medicina da Unisa, onde os alunos que aparecem seminus no vídeo estudavam, a atitude recebeu repúdio do Ministério da Mulheres e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas — elas devem ser combatidas com o rigor da lei, escreveu a conta do ministério no Twitter/X.

Nota do Centro Universitário São Camilo

O Centro Universitário São Camilo - SP informa que sua Atlética do curso de Medicina não participa do Intermed. Porém, de 28 de abril a 01 de maio deste ano esteve presente em outro evento esportivo chamado CaloMed, em São Carlos (SP), quando as alunas de Medicina da instituição disputaram um jogo contra a equipe da Unisa.  

Os alunos daquela Universidade, tendo saído vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma denúncia por parte das nossas alunas referente à importunação sexual.  

O Centro Universitário São Camilo - SP manifesta solidariedade e apoio às suas alunas e repudia quaisquer atos que possam atentar contra as mulheres e a dignidade humana. Acreditamos que o pudor e os bons costumes devem prevalecer, especialmente quando se trata de ambientes acadêmicos, onde a formação de novos e bons profissionais é o compromisso maior com a sociedade.

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