Pela décima semana consecutiva, o número de óbitos causados pela Covid-19 apresenta queda. A informação é da nova edição do Boletim Observatório da Fundação Oswaldo Cruz, divulgada nesta última sexta-feira (03). Os dados são referentes ao período entre os dias 15 e 28 de agosto.
Segundo o estudo, a redução média diária foi de 1,6%. Além disso, também foi constatado que a incidência de casos confirmados caiu 2,4% ao dia. No entanto, o levantamento apontou que a taxa de letalidade está em torno de 2,8%, que é considerada alta frente a outros países.
Na análise da pesquisadora sênior da Fiocruz, Margareth Portela, apesar de indicarem uma melhora, os números seguem merecendo atenção. Segundo ela, o cenário da pandemia no país ainda pode apresentar novos desafios.
A nova edição do boletim mostrou uma tendência de redução na incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves no país, mas cinco unidades ainda apresentam um grau extremamente alto: Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e o Distrito Federal. Além disso, capitais como Maceió, Rio, Fortaleza e Vitória também registraram tendência de aumento nos casos.
O declínio no número de internações e óbitos foi verificado em todas as faixas etárias, mas é menor nas idades acima de 80 anos. Para a pesquisadora Margareth Portela, a relação entre faixa etária e pandemia também merece atenção.
De acordo com o Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, o estado do Rio de Janeiro apresenta um cenário que exige atenção, devido a um crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no Sistema Único de Saúde. Uma das regiões mais críticas é a Metropolitana I, onde está a capital fluminense e a Baixada.
Já Roraima é o único estado com taxa de ocupação superior a 80%. A capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, manteve tendência de queda, atingindo taxa de 61% no SUS.