O número de furtos na capital não só voltou ao patamar dos anos de pré-pandemia como ultrapassou todas as marcas anteriores e atingiu o maior índice para o mês de setembro na história.
No mês passado, foram registradas 17,9 mil ocorrências de furto na cidade de São Paulo, no mais elevado índice desde 2001, quando a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) começou a compilar as estatísticas criminais do estado.
A taxa é 52,7% maior do que a de setembro de 2020 – ainda bastante impactado pela restrições impostas pela pandemia – com 11,7 mil furtos; e 4,5% maior do que a de setembro de 2019, no último ano pré-pandemia, que detinha o recorde de 17,1 mil ocorrências.
Ação e reação
O aumento do número de casos ocorre no momento em que a população da capital começa a realizar mais atividades fora de casa, motivada pela retirada da maior parte das restrições da pandemia.
“O crescimento dos crimes contra o patrimônio era esperado porque a queda no ano passado foi muito grande, e esse é um delito que geralmente ocorre nas ruas, acompanhando a movimentação das pessoas. O que se espera, naturalmente, é que haja uma análise mais detalhada dessa incidência por parte da polícia, para indicar as ações de combate”, afirmou o coronel reformado da PM (Polícia Militar) e ex-secretário nacional da segurança pública José Vicente da Silva Filho.
Segundo o especialista, como o furto tem muitos alvos – celulares, bicicletas, bolsas, carteiras, relógios –, é preciso identificar quais estão em alta para atacar todas as suas dinâmicas, desde o comportamento do criminoso até as áreas de maior concentração dos crimes e o destino dos objetos.
A SSP informou ao Metro Jornal que o aumento neste mês de setembro foi motivado, principalmente, pelos casos envolvendo equipamentos eletrônicos e veículos”. A pasta disse que desenvolve operações específicas para “prender essas quadrilhas e combater a receptação desses produtos”.