Na madrugada desta quarta-feira (16), novos bombardeios foram registrados em Kiev em meio ao toque de recolher decretado na região. Um prédio de 12 andares foi atingido e pessoas que estavam no edifício foram retiradas do local. 

Hoje a guerra entre Rússia e Ucrânia entra no vigésimo primeiro dia ainda sem acordo para um cessar-fogo. As delegações dos dois países devem retomam as conversas, que pouco avançaram até agora, ainda hoje. 

Para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a Ucrânia parece “não querer uma solução para a guerra”. Segundo ele, sem entrar em detalhes, os ucranianos não estão tendo uma “atitude séria” nas negociações. 

Por outro lado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as conversas, agora, parecem mais realistas, mas ele pediu mais tempo para que um acordo aconteça. 

Ontem, Zelensky sugeriu que o país pode desistir do ingresso na OTAN, uma das exigências da Rússia para pôr fim ao conflito. 

Hoje, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que as negociações não são fáceis, mas há, sim, alguma esperança de um acordo. Ele ainda criticou os Estados Unidos e afirmou que o país não tem interesse em resolver o conflito na Ucrânia. 

Reflexos do conflito 

Segundo a ONU, a guerra ameaça jogar cerca de 90% da população da Ucrânia na pobreza. O conflito, pelas estimativas das Nações Unidas, vai afetar pelo menos 36 milhões de pessoas. Até agora, são mais de três milhões de refugiados, a maioria fugiu para a Polônia.