Rabinovici: Novo front de Israel, a Casa Branca

Por Moises Rabinovici

Rabinovici: Novo front de Israel, a Casa Branca
Biden reafirma "compromisso férreo da América" com a segurança de Israel
Reuters

A Casa Branca cancelou encontros de alto nível com Israel sobre o Irã, depois que o primeiro-ministro Netanyahu postou um vídeo nas redes sociais, em inglês, reclamando do presidente Biden por atrasos no envio de ajuda militar.

Assessores do governo americano foram descritos como “furiosos” pelo protesto público de Netanyahu. Alguns o chamaram de “injusto”, lembrando que Biden visitou Jerusalém durante a guerra, despachou porta-aviões para bloquear Houtis e o Irã, e defendeu Israel na ONU.

As relações entre EUA e Israel alcançaram o pior momento desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro. E mais: contra Netanyahu, convidado para falar ao Congresso, em Washington, dia 24 de julho, foi desfechada uma campanha em que ele é considerado “persona non grata”.

Netanyahu também está enfrentando problemas dentro de sua coalizão governamental. Ele insinuou que o líder do partido Otzma Yehudit (Força Judaica), Itamar Ben-Gvir, ministro de extrema-direita, não participava de reuniões sobre a guerra por vazar informações. As relações entre os dois ficou estremecida. A retirada repentina da “Lei dos Rabinos”, que regulamenta a nomeação de rabinos municipais, quando estava para ser votada no Parlamento, na noite de terça-feira, deixou a coligação mais vulnerável.

Ben-Gvir reagiu à insinuação de divulgador de segredos de Estado pedindo que os ministros, incluindo o primeiro-ministro, sejam submetidos ao polígrafo. Ele aproveitou a dissolução do “gabinete de guerra”, no início da semana, para exigir a participação das decisões adotadas em pequenos comitês, formados por Netanyahu. Ainda não conseguiu. Os seus correligionários já estão falando abertamente em colonizar Gaza, como feito na Cisjordânia, para não dar espaço à criação de um estado palestino.

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