Novas imagens sobre o caso do refugiado congolês espancado até a morte foram divulgadas. Com isso, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou mais diligências e estabeleceu um prazo de até o dia 28 de fevereiro para a Polícia Civil apresentar os autos da investigação, que avalia suposta omissão de socorro.
Moïse Kabamgabe, de 24 anos, foi morto a pauladas em praia da Barrada da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, a vítima foi cobrar pagamentos atrasados por serviços prestados ao quiosque Tropicália. Imagens de câmeras de segurança mostram seis minutos de brutalidade contra o congolês, do momento em que ele é derrubado e imobilizado até parar de se mexer.
Pelas contagens, durante os seis minutos, Moïse leva 40 pauladas de outros dois homens que compartilham um bastão de madeira. A Polícia Civil trabalha para identificar todas as pessoas do vídeo que testemunharam o crime para avaliar se houve omissão de socorro. Algumas já prestaram depoimento. Três já foram presos.
A prefeitura do Rio de Janeiro concedeu a concessão do quiosque à família de Moïse até 2032 sem o pagamento de aluguel. A iniciativa pretende transformar o local em um memorial de inclusão para refugiados e de celebração da cultura africana.
O quiosque Biruta, ao lado de onde ocorreu o crime, também deve ser administrado pela família do congolês, mas a mudança ainda depende de questões jurídicas.