A Nova Zelândia revogou uma lei pioneira no mundo que iria proibir a venda de cigarro para as gerações futuras.
As regras estavam previstas para entrar em vigor em julho e seriam as mais rígidas do mundo.
Elas previam a proibição nas vendas de tabaco para todas as pessoas nascidas depois de primeiro de janeiro de 2009. O plano ainda determinava a redução do teor de nicotina nos produtos com tabaco e o número de lojas do setor em mais de 90%.
A lei tinha sido aprovada durante o governo da ex-primeira-ministra Jacinda Ardern, e recebeu elogios internacionalmente. Mas o novo governo de Christopher Luxon, eleito em outubro, decidiu reverter a decisão.
O premiê sofreu pressão de alguns grupos empresariais na Nova Zelândia, como donos de bancas de jornal e pequenas lojas, que criticaram a perda de receitas - mesmo com subsídios governamentais.
Alguns políticos - incluindo o premiê - também argumentaram que a proibição faria surgir um mercado paralelo para o tabaco. Por outro lado, modelos estatísticos indicaram que as leis antifumo poderiam salvar até 5 mil vidas por ano.