A mutação do coronavírus identificada no Reino Unido e que gerou um movimento de restrições na Europa levantou a possibilidade das vacinas já produzidas contra a covid-19 não serem eficazes contra a variante do vírus.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, a epidemiologista e vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, Denise Garrett, afirmou que ainda não há informações concretas se a mutação do coronavírus vai afetar as vacinas, mas que é bem possível que não, por não ser uma variante muito importante.
"Este coronavírus não é um vírus que muta com muita frequência, essa mutação nos preocupou um pouco mais por facilitar ainda mais a transmissão. Ainda não sabemos se ela vai afetar as vacinas, provavelmente não, por não ser uma mutação muito importante, mas a gente tem que aguardar os estudos", disse a cientista.
Segundo Garrett, mesmo que a mutação acabe afetando a eficácia das vacinas já produzidas, as tecnologias existentes hoje no âmbito científico permitiria que a solução fosse rapidamente encontrada para potencializar as doses.
"O que eu acho nisso tudo é que apesar da nova mutação o que mais me preocupa é que quanto mais o vírus circular pelo mundo, mais ele vai mutar. Por isso nós temos que agir o mais rápido possível, para impedir a transmissão, e temos a luz no fim do túnel que são as vacinas", pontuou.