O MP de Goiás deflagrou a terceira fase da operação “Penalidade Máxima”. A nova fase investiga supostas fraudes em jogos de futebol. E nesta nova fase a operação está investigando partidas da série A do Campeonato Brasileiro.
Segundo o MP, dez mandados de busca e apreensão são cumpridos em oito cidades e cinco estados.
São investigadas possíveis fraudes nos resultados de partidas das séries A e B do Brasileirão ocorridas em 2022, e dos estaduais de Goiás e da Paraíba neste ano. Entre os jogos estão partidas de Avaí, Goiás, Flamengo, Criciúma e Náutico.
As partidas dos campeonatos nacionais são referentes ao segundo turno.
Esquema de apostas: entenda como funciona
- De acordo com a investigação da Operação Penalidade Máxima, do MP de Goiás, uma quadrilha aliciava jogadores e conseguia manipular resultados após subornar os atletas.
- A partir de prints de conversas que surgiram com as investigações, notou-se que jogadores recebiam entre R$ 50 e R$ 150 mil para realizar alguma ação específica dentro de um jogo (tomar cartão amarelo ou vermelho, fazer um pênalti e assim por diante). Essas ações serviam de base para apostas em sites especializados.
- Ou seja, apostadores combinavam com o jogador uma ação. O atleta ficava encarregado de tomar um cartão amarelo no primeiro tempo, ou fazer um pênalti, por exemplo. Em seguida, o criminoso envolvido no esquema de apostas fazia um palpite com a ação combinada e tinha lucro com isso.
- Para ganhar a confiança dos jogadores, os criminosos faziam o pagamento de um “sinal”. Após a partida, com a ação concluída (seja um cartão, um pênalti), os atletas recebiam o restante do valor combinado.