"Nostradamus" diz que recebeu ameaças de morte após errar previsão sobre eleição nos EUA

Allan Lichtman, professor de história que acertou 9 das 10 últimas eleições norte-americana, disse que Kamala Harris seria vencedora

Da Redação

Allan Lichtman
Reprodução/Youtube

Allan Lichtman, professor de história conhecido como o “Nostradamus” da política norte-americana por prever os resultados das eleições nos Estados Unidos, disse que tem recebido ameaças de morte desde que errou a previsão de que Kamala Harris seria eleita a presidente do país.

Em suas redes sociais, o historiador afirmou que acionou a polícia e enfatizou que não se deixará intimidar.

“Pela primeira vez desde a eleição estamos há 36 horas sem receber pizzas de surpresa, visitas da polícia ou abusos feitos ao vivo! É quase…uma paz! Nós nos encontramos ou tivemos contato com quase um dezena de membros da polícia local nos últimos dias. O FBI foi alertado. Saibam isso: não vamos ser intimidados”, destacou ele.

Em entrevista à revista Newsweek, Lichtman disse ainda que ele recebeu ameaças de morte, que seu telefone foi hackeado e que houve tentativas de invasão à sua casa.

“A polícia está investigando. Oficiais foram até nossa casa diversas vezes. Nós tomamos medidas para fortalecer nossa segurança e a polícia está sob alerta”, frisou.

13 chaves para a Casa Branca

Allan Lichtman, que é professor da American University, localizada em Washington D.C., é famoso por ter desenvolvido um sistema conhecido como “13 chaves para a Casa Branca”.

O sistema não utiliza como base as pesquisas opinião sobre quem lidera a corrida presencial, mas sim um esquema de 13 perguntas. que, segundo Lichtman, avaliam a força do partido incumbente e determina se a população tende a lhe dar uma nova chance no governo.

Se a resposta de 6 perguntas for negativa, então o partido que está no poder perde a eleição.

Até, o sistema havia previsto 9 das 10 últimas eleições nos EUA, tendo errado apenas quando George W. Bush derrotou Al Gore em 2000. 

Porém, Lichtman sempre defendeu que seu sistema não falhou em 2000, mas que por causa das circunstâncias extraordinárias na Flórida, onde não foi permitida uma recontagem de votos, “o homem errado” havia sido eleito.

Porém, não houve defesa dessa vez. Em seu canal no Youtube, Allan admitiu que sua previsão neste ano estava errada.

Ele definiu que “as chaves são baseadas na história”, e que eventos extraordinários presentes neste ano, como a desistência de Joe Biden após pressão pública dos Democratas e o aumento da desinformação, poderiam ter alterado o rumo dos acontecimentos.

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