No Senado, Janja diz que sofre ataques à honra “até mais" que o presidente Lula

Senado homenageou a primeira-dama, Janja, com o Diploma Bertha Lutz, bióloga e advogada que lutou pelo voto feminino no Brasil

Por Édrian Santos

No Senado, Janja diz que sofre ataques à honra “até mais" que o presidente Lula
Janja lamenta ataques à honra que diz sofrer
Reprodução/TV Senado

A primeira-dama, Janja, foi condecorada com o Diploma Bertha Lutz em cerimônia no Senado Federal, nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Ao discursar no Plenário da Casa, a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que é alvo de ataques, até mais que o próprio marido.

O Diploma Bertha Lutz premia, anualmente, mulheres e homens que fizeram contribuições relevantes à defesa dos direitos da mulher e questões do gênero no Brasil, em qualquer área de atuação. O prêmio é entregue pelo Senado durante as atividades do 8 de Março.

“Cada uma das mulheres aqui, ministras, senadoras, deputadas, secretárias, assessoras, coordenadoras, sabe da dificuldade do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataques à honra e ameaça nas redes sociais, até mais que o presidente da República. Sei que muitas de vocês passam por isso, pela mesma e terrível experiência de ver o nome, corpo e vida exposta de forma mentirosa”, declarou Janja.

Diversas autoridades estiveram presentes na solenidade, como a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também agraciada pelo diploma. 

Quem foi Bertha Lutz

A bióloga e advogada paulista Bertha Maria Julia Lutz foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século XX. Aprovada em um concurso público para pesquisadora e professora do Museu Nacional, em 1919, tornou-se a segunda brasileira a fazer parte do serviço público no país.

Tomou contato com o movimento feminista ao estudar na Europa. No retorno ao Brasil, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Uma das principais bandeiras levantadas por Lutz, na época, era garantir às mulheres o direito de votar e de ser votada. 

O direito ao voto feminino só ocorreu no Brasil em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte.

Bertha Lutz foi eleita suplente para a Câmara dos Deputados, em 1934. Em 1936, assumiu o mandato de deputada, que durou pouco mais de um ano. Ela faleceu em 1976, no Rio de Janeiro.

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