O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que acha difícil a Petrobras não explorar o petróleo que deve estar na chamada Margem Equatorial do Brasil, iniciada na Bacia da Foz do Amazonas ao litoral do Rio Grande do Norte. 

Semana passada, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) negou a licença ambiental à estatal que permitiria a perfuração de um poço exploratório na costa do Amapá. Após a negativa, a Petrobras voltou as tratativas para conseguir a autorização.

“Se explorar esse petróleo e tiver problema para a Amazônia, certamente, não será explorado. Eu acho difícil porque são 530 quilômetros da Amazônia, mas eu só posso saber quando eu chegar lá [ao Brasil]”, disse Lula, ainda no Japão, pós Cúpula do G7, evento que reuniu os países democráticos mais desenvolvidos e industrializados do mundo, em Hiroshima.

Para Lula, a distância da região a ser explorada da Floresta Amazônica deverá possibilitar o início dos trabalhos na Margem Equatorial. O petista falou à imprensa sobre o tema antes de embarcar de Hiroshima para o Brasil.

A Petrobras destaca que a Margem Equatorial detém importante potencial para exploração de petróleo, justificado por descobertas recentes, feitas por outras empresas, em regiões próximas a essa fronteira (nas regiões da Guiana, Guiana Francesa e Suriname).