O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, antecipou o início do Natal deste ano no país para 1º de outubro. O anúncio foi feito na segunda-feira (2), em um programa de televisão apresentado por ele, e confirmado em um despacho publicado nesta terça (3).
"Estamos chegando em setembro. Fechamos agosto com boas perspectivas econômicas e podemos dizer que já cheira a Natal. Por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro. Começa o Natal em 1º de outubro para todos e todas. Um Natal com paz, felicidade e segurança”, disse o ditador ao público.
A mudança da data acontece em meio a tensões na Venezuela. A Justiça acatou o pedido do Ministério Público e determinou a prisão de Edmundo González Urrutia, que representou a oposição nas eleições presidenciais de 28 de julho em que Maduro foi declarado vencedor.
O pedido de prisão aconteceu depois de o candidato não comparecer a três convocações do MP, argumentando não reconher os crimes atribuídos a ele. O órgão o acusa de "suposto cometimento de crimes de usurpação de funções" e "falsificação de documentos públicos", em referência aos registros eleitorais obtidos por representantes da oposição que indicam derrota de Maduro.
O político de 75 anos também é acusado de "instigar a desobediência às leis", "conspiração" e "sabotagem" do sistema eleitoral.
O governo de Nicolás Maduro tem reprimido com violência os opositores do regime e as manifestações que contestam o resultado anunciado das eleições. Até o momento, 27 pessoas foram mortas e pelo menos 192 feridas – além de mais de 2.400 prisões.