Neymar depõe à polícia do DF em processo que investiga agiotagem

Jogador do Paris Saint-Germain falou como testemunha por videoconferência e contribuiu com as investigações

Da redação

Neymar depõe à polícia do DF em processo que investiga agiotagem
Neymar prestou depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal
Gonzalo Fuentes/Reuters

A Polícia Civil do Distrito Federal informou nesta quarta-feira (1º) que o jogador Neymar, do Paris Saint-Germain, prestou depoimento como testemunha, decorrente da Operação Huitaca que investiga grupo suspeitos de praticar crimes de agiotagem, lavagem de dinheiro, receptação de pedras e joias. 

Neymar falou por videoconferência direto de Paris, na França, e estava acompanhado de seus advogados. Segundo a Divisão de Repressão a Roubos e Furtos da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais, Neymar contribuiu com as investigações, que seguem em sigilo.

Segundo a polícia, o atacante do Paris Saint-Germain recebeu duas joias de um dos alvos da operação. Ele deve esclarecer se tinha ou não conhecimento sobre as atividades ilegais praticadas pelo grupo. 

A PCDF confirmou a prisão de três alvos da Operação Huitaca, que ocorreram no Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia. Também foram cumpridos mandados de busca em uma joalheria de Taguatinga, no cassino de poker do grupo em Águas Claras e em uma marina da Asa Norte. Segundo as investigações, os suspeitos movimentaram R$ 16 milhões entre 2019 e 2021. 

Foram apreendidos, por ordem judicial, dois veículos importados e uma lancha avaliada em R$ 2 milhões. Também foi determinado o bloqueio de valores em cinco contas dos investigados, no valor de R$ 16 milhões. Os mandados de prisão, busca e apreensão foram expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal de Águas Claras. 

“Um dos presos já se envolveu em delitos de extorsão, receptação, furto e homicídio. Um dos alvos, que está cumprindo prisão domiciliar, já é considerado foragido e ainda é procurado por equipes da PCDF”, destaca o diretor da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Luis Fernando Cocito. 

A investigação da Polícia Civil apontou que o grupo era voltado ao empréstimo de dinheiro a juros superiores aos permitidos e cobrava os valores mediante grave ameaça. Durante as cobranças, o grupo também exigia, como garantia, a transferência e entrega dos veículos dos endividados. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais