O presidente do Superior Tribunal Militar, ministro Francisco Joseli Parente Camelo, afirmou que o Brasil não é um país comunista, em entrevista ao repórter Túlio Amâncio, no Bandnews TV.
“Comunismo acabou. Para mim não existe o comunismo, no Brasil não existe. E outra coisa, o presidente Lula é um sindicalista. Eu não vejo o presidente Lula ou jamais o vi como um comunista. As pessoas têm uma mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista, isso não existe”, disse.
“Ser de esquerda, realmente… ela quer um Brasil melhor, um Brasil mais solidário, um Brasil que pense no mais pobre, é tudo isso o que a esquerda pensa. Então, ser de esquerda não é ser comunista. E o comunismo, para mim, não existe no nosso país”, completou.
Questionado se identifica-se com a esquerda ou a direita, o ministro disse que os militares não possuem partido.
“Nós militares não somos nem de esquerda e nem de direita e nem temos partido. Nós queremos o melhor para o Brasil. Nós queremos é que a sociedade brasileira viva feliz como sempre foi. Queremos que a pacificação volte ao nosso país”, finalizou.
O que é o Superior Tribunal Militar
O Superior Tribunal Militar (STM) é o órgão máximo da Justiça Militar, que tem por responsabilidade processar e julgar os crimes militares previstos no Código Penal Militar brasileiro.
Presente no país há mais de 200 anos, a Justiça Militar passou a integrar o Poder Judiciário brasileiro em 1934. Seus julgamentos seguem a mesma sistemática dos demais tribunais superiores.
O STM é composto por 15 ministros vitalícios, nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal. Ao todo, são três oficiais-generais provenientes da Marinha, quatro oficiais-generais do Exército e três oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira. Completam o quadro cinco magistrados dentre brasileiros civis maiores de 35 anos.
O Tenente-Brigadeiro Joseli assumiu a presidência do Superior Tribunal Militar (STM) em março do ano passado. Em 45 anos como militar da Força Aérea Brasileira (FAB), ele já atuou como foi comandante da Base Aérea de Salvador (BASV); Adido de Defesa e Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na Argentina; Assessor-Chefe para Assuntos de Aeronáutica na Subchefia Militar do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, e Secretário de Coordenação e Assessoramento Militar do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.