“Não é para favorecer o PT”, diz Ciro Nogueira sobre o arcabouço fiscal de Lula

Declaração de Ciro Nogueira ocorre após ministro Rui Costa dizer que acredita no apoio da oposição para aprovar o arcabouço fiscal

Por Édrian Santos

“Não é para favorecer o PT”, diz Ciro Nogueira sobre o arcabouço fiscal de Lula
Ciro Nogueira diz que arcabouço fiscal não é para favorecer Lula
Pedro França/Agência Senado

O senador Ciro Nogueira (Progressistas) disse que a possível aprovação do arcabouço fiscal apresentado pelo governo será para favorecer o Brasil, e não ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O político piauiense foi ministro da Casa Civil na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e, atualmente, faz oposição ao petista.

“Sobre o arcabouço fiscal, que fique claro: não vai ser para favorecer o PT. A linha divisória será o Brasil. Princípios estruturantes a favor do Brasil e não a favor e nem contra governos. Populismos fiscais corroem nações”, escreveu Nogueira em uma rede social, na tarde desta terça-feira (11).

A declaração de Nogueira ocorre após entrevista exclusiva do ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil, à BandNews FM, ocasião em que o governista afirmou que acredita no apoio da oposição para a aprovação do que deve ser a nova regra fiscal para as despesas da União.

Teto de gastos vs arcabouço fiscal

A regra que vigora atualmente é a Lei do Teto de Gastos, aprovada com o patrocínio de Michel Temer (MDB), quando era presidente. Todo ano, na votação do Orçamento, o Congresso define um valor que o governo poderá gastar no ano seguinte, cujo reajuste é feito somente pela inflação.

Quem apoia o teto de gastos diz que a medida melhora a confiança do Brasil e atrai investimentos. Os críticos, porém, ressaltam o engessamento do Estado para investir em setores estratégicos, como educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Reforma tributária

Ainda na entrevista à BandNews FM, ao contrário do trâmite do arcabouço fiscal, o maior desafio do governo no Congresso está relacionado com a discussão da reforma tributária.

“A disputa que terá uma adversidade maior de opiniões virá ainda mais para a frente, na Reforma Tributária”, afirmou Costa.

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