O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante evento com empresários em Madri, na Espanha, voltou a condenar o que chamou de invasão à integridade territorial de um país, ao se referir à Ucrânia. A declaração, dada na tarde desta terça-feira (25), tenta reverter críticas contra o petista após dizer que Kiev e Moscou são responsáveis pela guerra.
No discurso, Lula disse que entende a postura dos países da Europa Ocidental no que diz respeito à defesa da Ucrânia. O petista também defendeu que países discutam a paz na região para que as nações em guerra fiquem com os respectivos territórios em disputa.
O Brasil está empenhado, na tentativa de arrumar parceiros para que a gente possa trazer a paz, para que a Ucrânia possa ficar com o território dela, para que os russos fiquem com a Rússia, mas para que o mundo não sofra a falta de alimentos, a falta de fertilizantes
Lula também citou o fato de que as partes envolvidas na guerra não sinalizem a paz. Mais cedo, o presidente foi alvo de protestos de 11 deputados portugueses de extrema-direita, enquanto discursava no parlamento de Portugal. Os manifestantes levantaram cartazes com as cores da bandeira da Ucrânia.
“Eu compreendo perfeitamente bem como os meus amigos europeus veem a guerra, uma guerra que jamais poderia ter acontecido porque não se pode aceitar que um país invada a integridade territorial de outro país, mas é uma guerra que também não tem ninguém falando em paz. Às vezes, eu fico me perguntando até quando vai durar”, continuou Lula.