Mutação do coronavírus impõe novas restrições na Europa

Mutação do coronavírus impõe novas restrições na Europa

Da Redação, com Metro Jornal

Itália, Holanda, Alemanha, Bélgica, Áustria, Irlanda e França decidiram proibir voos procedentes do Reino Unido
Unsplash

Uma mutação do novo coronavírus voltou a deixar a Europa em alerta. O Reino Unido identificou que o aumento do número de casos nos últimos dias tem relação com uma nova variante do Sars-Cov-2, o que fez com que o país adotasse novas restrições desde domingo (20).

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que Londres, o sul e o sudeste da Inglaterra adotarão novo lockdown para tentar conter um aumento de contágios de covid-19.

“Parece que essa propagação está alimentada por uma nova variante do vírus, transmitida muito mais facilmente”, declarou o primeiro-ministro. “Pode ser até 70% mais transmissível do que a variante antiga. Nada indica que seja mais letal ou cause uma forma mais grave da doença ou reduza a eficácia das vacinas”, reiterou.

Sob as novas regras, o comércio não essencial e as academias terão de permanecer fechados. Além disso, as comemorações de Natal em Londres e na região sudeste serão canceladas. Apenas as famílias que vivem fora desta área terão permissão para se reunir no Natal, e apenas no dia 25, com viagens de longa distância desencorajadas.

De acordo com Johnson, as novas medidas são equivalentes ao lockdown imposto em novembro e durarão duas semanas. O governo britânico vai reavaliar a situação no dia 30.

Após o anúncio, Itália, Holanda, Alemanha, Bélgica, Áustria, Irlanda e França decidiram proibir voos procedentes do Reino Unido a partir deste domingo, em uma tentativa de garantir que a nova mutação de coronavírus não se espalhe por seus territórios. A Holanda acrescentou ainda que, no início de dezembro, a amostragem de um caso no país revelou a mesma cepa de vírus encontrada no Reino Unido.

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou que as novas regras devem permanecer por vários meses até que as vacinas sejam aplicadas em todo o país. Matt declarou que a nova cepa do coronavírus estava “fora de controle”, para justificar o confinamento de Londres e parte da Inglaterra. “Será muito difícil tê-la sob controle até que tenhamos distribuído a vacina”, disse.

O Reino Unido foi o primeiro país europeu a iniciar a campanha de vacinação contra a covid-19. Mais de 140 mil pessoas já receberam a dose da Pfizer/BioNTech.

O diretor médico da Inglaterra, Chris Whitty, disse que, embora não haja evidências no momento de que a variante do novo coronavírus tenha causado uma taxa de mortalidade mais alta ou impactado as vacinas, um trabalho urgente está em andamento para levantar essas informações.

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.