A mulher investigada por agredir uma empresária judia, em Arraial d'Ajuda, no distrito de Porto Seguro, no sul da Bahia, vira ré por injúria racial, dano qualificado, ameaça e tentativa de agressão. O caso ocorreu em dois de fevereiro e repercutiu na internet após imagens do caso serem publicadas em redes sociais.
A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça da Bahia, após recebimento da denúncia feita pelo Ministério Público. Nas imagens, é possível ver quando a ativista política chilena Ana Maria Leiva Blanco é contida pelo namorado, enquanto quebra produtos da loja da comerciante Herta Berslauer.
Ela ainda chama a dona do estabelecimento de "sionista" e "assassina de crianças". O sionismo é o movimento político e ideológico que defende a autodeterminação do povo judeu e a criação de um Estado judeu na Terra de Israel. Ana Maria Leiva Blanco precisa apresentar defesa em até 10 dias.
Antes, o TJ já havia determinado medidas cautelares para a mulher, como não poder deixar Porto Seguro, sob pena de prisão preventiva; proibição de acesso à loja onde o episódio aconteceu e de manter contato com a vítima. Em depoimento, ela disse que faz uso de remédio controlado, teve um surto e se arrependeu.