O Ministério Público do Trabalho resgatou oito trabalhadores em uma carvoaria em Dom Eliseu, no Pará. A operação ocorreu após denúncias de trabalho degradante na divisa entre o estado e Maranhão. 

A fiscalização encontrou os trabalhadores dormindo em barracões feitos de madeira e cobertos com lona, sem higiene ou proteção adequada contra mudanças do tempo, sem banheiros. A água utilizada para consumo era de um córrego, filtrada ou bebida diretamente de uma caixa d'água. 

Nenhum dos trabalhadores possuía carteira de trabalho assinada, sem direitos a FGTS, 13º salário, férias, exames admissionais ou periódicos, entre outros. Eles ficavam alojados no local pela semana, submetidos a jornada excessiva, especialmente no caso do carbonizador. Os trabalhadores não usavam equipamentos de proteção, como luvas e máscaras, apesar do trabalho no carregamento de madeira e forte presença de fumaça dos fornos. 

Os trabalhadores, todos oriundos do Maranhão, receberam parte das verbas rescisórias e a liberação das guias de habilitação ao seguro-desemprego.