MP denuncia procurador que espancou chefe por tentativa de feminicídio

Vídeo mostra Demétrius de Macedo desferindo uma série de socos contra a procuradora-geral de Registro enquanto ela estava no chão

Da redação

Procurador que agrediu chefe é denunciado por tentativa de feminicídio
Reprodução/TV Band

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o procurador Demétrius Oliveira de Macedo, da cidade de Registro, por tentativa de feminicídio por espancar a chefe Gabriela Samadello, procuradora-geral do município. A informação foi confirmada pelo órgão de fiscalização à Band na manhã desta sexta-feira (24).

O MP também informou que o caso está sob sigilo e que, devido a isso, os promotores não podem dar entrevistas. Na última quinta-feira (23), Macedo foi preso preventivamente enquanto estava numa clínica psiquiátrica.

Entenda o caso

Um vídeo gravado por outra funcionária da Procuradoria de Registro, divulgado nessa terça-feira (21), mostra Demétrius desferindo uma série de socos contra Gabriela enquanto ela estava caída no chão. Colegas tentaram impedir as agressões.

A procuradora afirma que foi agredida pelo procurador depois que ele se revoltou pelo processo disciplinar por conta do mau comportamento dele com outros funcionários no ambiente de trabalho.

Na delegacia, o procurador afirmou que sofria “assédio moral” no trabalho por parte da vítima. Na sequência, ele foi liberado por não haver “situação de flagrante”, segundo o primeiro delegado que atendeu o caso.

Ouvidor cobrou prisão

Quem tomou a iniciativa de pedir a prisão de Demétrius foi o ouvidor das Polícias de São Paulo, Elizeu Lopes, que fez um requerimento para o delegado-geral da Polícia Civil do estado.

“Eu creio que ele, com aquela atitude, colocou em risco a própria vida da procuradora. Eu fiz um requerimento para o delegado-geral, doutor Nico [Gonçalves], que me atendeu prontamente. Então, a Polícia Civil fez a representação para que o Ministério Público pedisse a decretação da prisão preventiva. É preciso assegurar a integridade física da doutora Gabriela”, explicou Lopes em entrevista à Band.

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