O Ministério Público de São Paulo denunciou e pediu a prisão preventiva de 20 pessoas envolvidas no ataque e emboscada da Mancha Alviverde, torcida do Palmeiras, contra torcedores do Cruzeiro e integrantes da Máfia Azul. O pedido foi feito nesta quarta-feira (18) sobre o caso em outubro, que terminou com uma morte na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo.
Segundo promotores de Justiça, os envolvidos assumiram o risco do resultado que terminou com a morte, por motivo torpe, emprego de meio cruel e meio que possa resultar perigo comum.
Alguns dos denunciados ainda estão foragidos e outros, nem identificados. Os denunciados podem responder pelos crimes de homicídio e tentativas de homicídio, além de organização criminosa.
Relembre o caso
Pelo menos 18 pessoas ficaram feridas e 1 morreu após a emboscada de torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro, que se encontraram no quilômetro 69 da Rodovia Fernão Dias. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um ônibus do time mineiro foi interceptado pela Mancha Verde, organizada do clube paulista, perto do túnel de Mairiporã. Cerca de 120 pessoas participaram da confusão.
Segundo a PRF, o homem que morreu tinha 30 anos. Ele sofreu ferimentos graves e foi encaminhado para o hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, mas faleceu após receber atendimento.
Um dos feridos sofreu um ferimento de arma de fogo no abdômen, mas não corre risco de morte. No total, 15 vítimas foram para o hospital Anjo Gabriel, e três para o hospital de Franco da Rocha. Ainda de acordo com a PRF, ninguém foi preso. Todas as vítimas são torcedores do Cruzeiro. Os agressores, torcedores do Palmeiras, conseguiram deixar o local antes da chegada dos policiais.
Por volta das 8h deste domingo, a Fernão Dias teve uma faixa bloqueada na direção de Belo Horizonte enquanto a PRF trabalhava para remover bombas caseiras e pregos colocados no chão para furar pneus de veículos. O trânsito foi liberado às 11h.
Presidente da Mancha Alviverde e outros 12 foram presos
Leandro Gomes dos Santos, o Leandrinho, que tinha um mandado de prisão em aberto, se entregou à polícia. Além dele, outros 12 integrantes da Mancha Alviverde já foram detidos e sete seguem foragidos.
O ex-presidente da Mancha, Jorge Luís Sampaio Santos, deve se entregar à polícia nesta quinta-feira (12). Em nota divulgada no último domingo, ele anunciou a renúncia ao cargo e havia declarado que iria se apresentar às autoridades.
"Devido aos acontecimentos recentes, não posso mais continuar”, diz trecho da nota. Segundo o texto, o objetivo dele é se “dedicar exclusivamente” a defesa e provar “inocência”. "Reitera ainda que as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade e que exercerá sua defesa com determinação e confiança de que tudo será esclarecido", conclui.