O Ministério Público de São Paulo abriu nesta segunda-feira (27) um inquérito para apurar a violação de sigilo profissional pela enfermeira que divulgou informações pessoais da atriz Klara Castanho.
Os conselhos Federal e Regional de Enfermagem já anunciaram que a funcionária pode perder o registro profissional; o hospital onde a artista ficou internada na região metropolitana de São Paulo também abriu uma sindicância.
Logo depois do parto, a mulher teria ameaçado levar para a imprensa informações sobre a decisão de Klara de entregar para adoção um bebê fruto de estupro.
O caso foi levado à público de maneira parcial, o que gerou uma onda de ataques contra a atriz, de 21 anos.
No sábado, ela publicou um relato nas redes sociais explicando a situação, e ressaltou que a história ter se tornado pública não foi um desejo dela.
No mesmo comunicado, a jovem – que descobriu a gravidez já em estágio avançado – disse que não fez boletim de ocorrência por se sentir envergonhada e culpada.
Em nota, a Promotoria de Justiça da Infância e de Santo André informou que todo o procedimento de entrega do recém-nascido para adoção seguiu integralmente o trâmite previsto no Estatuto da Criança e Adolescente.
“Com relação à suposta violação de sigilo profissional, já foi solicitada a apuração à Autoridade Policial, bem como o fato, conforme já noticiado publicamente, será apurado nas esferas dos órgãos profissionais. Outras medidas eventualmente adotadas pela Promotoria de Justiça, se o caso, observarão o sigilo que a matéria requer”, diz a nota.