A Defesa Civil confirmou, na tarde deste domingo (18), que subiu para 13 o número de mortos após a passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul. Outras 5 pessoas seguem desaparecidas.
Os óbitos foram registrados nos municípios de Maquiné, São Leopoldo, Esteio, Novo Hamburgo, Gravataí, Caraá, Bom Princípio e São Sebastião do Caí. Os estragos no estado ainda estão sendo contabilizados. Pelo menos 3.713 pessoas estão desabrigadas e 697, desalojadas.
As buscas pelos desaparecidos entraram no terceiro dia, e todos são de Caraá. Em entrevista à BandNews FM, o prefeito da cidade, Madgiel dos Santos Silva, afirmou que "os estragos são incalculáveis e a cidade foi devastada". Segundo ele, o município ainda tem acessos e estradas bloqueadas, além de comunidades isoladas.
O que é ciclone extratropical?
O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec).
O ciclone que atingiu o sul do país - associado a uma frente fria - formou-se no Oceano Atlântico no decorrer da semana. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.
O que provoca?
Quando o ciclone se aproxima do continente, aumenta a possiblidade de danos, com deslizamentos e chuvas e ventos fortes. “Isso que traz risco maior, com previsão de chuva excessiva, acumulados muito altos e ventos fortes”, explica a meteorologista Estael Sias, em vídeo publicado no canal da MetSul, plataforma com conteúdo meteorológico.
Para se ter uma ideia, as rajadas de vento superam 80 km/h na Região Sul, conforme previsão do Instituto Nacional de Meteorologia - Inmet. Os volumes de chuva ultrapassam 100 milímetros (mm) em 24 horas. Além dos estados do sul, o fenômeno atingiu também áreas do estado de São Paulo.