A Marinha do Brasil confirmou que subiu para 12 o número de mortos em razão da queda de uma ponte da BR-226, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Outras seis pessoas seguem desaparecidas.
“A força-tarefa de busca e resgate às vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira retirou um veículo Voyage branco do rio Tocantins, com o emprego de mergulhadores e dispositivos de reflutuação. No veículo, havia um corpo previamente localizado e outro corpo, até então, desaparecido”, anunciou a Marinha.
Até o fim da tarde de domingo (29), nove corpos tinham sido resgatados e outros dois foram localizados. A estrutura, que ligava os estados do Tocantins e do Maranhão, desabou em 22 de dezembro.
Na manhã de ontem, os mergulhadores retiraram do rio um corpo que estava preso em uma caminhonete. Outro corpo foi localizado na cabine de um caminhão e, segundo a Marinha, a equipe de resgate planeja a estratégia mais adequada para a remoção.
No período da tarde, um drone subaquático identificou a localização de um veículo de passeio, a 44 metros de profundidade. Pelo menos um corpo foi identificado no veículo.
“Utilizando a técnica do mergulho dependente, militares da Marinha instalaram flutuadores para a retirada do carro. Os trabalhos para a reflutuação do veículo foram interrompidos às 20h10, devido à baixa visibilidade e condições adversas de correnteza”, informou a Marinha em nota.
Entenda o caso
A ponte, que tem 533 metros de vão e foi construída há mais de 60 anos sobre o Rio Tocantins para ligar o Tocantins ao Maranhão, desabou no dia 22 de dezembro. Até o momento, foram confirmadas 11 mortes, entre adultos e crianças, e seis pessoas continuam desaparecidas.
Segundo a Polícia Militar do Tocantins, ao menos quatro caminhões, três carros e três motocicletas que estavam sobre a estrutura caíram no rio. Dois caminhões carregavam ácido sulfúrico e um deles, defensores agrícolas.
Um vereador da cidade de Aguiarnópolis (TO) filmou o momento da queda. Em entrevista ao Estadão, ele disse que passava com frequência por ela e percebeu o perigo. "Era uma coisa que estava visível até para uma criança. Buracos com ferragens expostas, fendas, desnível nas junções. E a ponte balançava quando a gente passava de carro. Imagina então os caminhões de carga", disse.
O Dnit informou em nota que as causas do colapso na ponte serão investigadas e que a reconstrução da ponte será feita o mais rápido possível. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar as responsabilidades.
A estrutura faz parte de um eixo rodoviário importante para a região Norte, por ser ponto de travessia das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).
Neste momento, com a interdição da passagem, os motoristas que trafegam pela região devem seguir por rotas alternativas, como a estrada de que vai de Darcinópolis a São Bento, em Tocantins. Dali é possível chegar a Imperatriz, no Maranhão. O motorista que segue do Maranhão deve acessar a BR-266 em Estreito, até Porto Franco, seguindo para Imperatriz.
Com informações do Estadão Conteúdo