O fotojornalista Orlando Brito morreu, nesta sexta-feira, 11, após sofrer complicações decorrentes de uma cirurgia no intestino. Aos 72 anos, ele estava internado no Hospital Regional de Taguatinga, no Distrito Federal.

Orlando Brito começou a carreira em 1967, aos 14 anos. O fotógrafo registrou presidentes e tantas outras autoridades, o que ajuda a contar a história política do Brasil por meio da imagem estática.

Além da vida política de Brasília, Brito abordou temas voltados à economia, questões sociais, vida urbana e interior, terras, povos originários, esportes. Fez inúmeras viagens por mais de 60 países, em coberturas presidenciais, papais e esportivas, como copas do mundo e Jogos Olímpicos.

O fotógrafo dirigia a própria agência de notícias, além de ministrar cursos para grupos em empresas e aulas em universidades, faculdades e escolas de comunicação e jornalismo.

O livro mais recente dele é “Corpo e Alma”, lançado em 2006. Outras quatro obras foram lançadas entre 1982 e 2003. Brito também está presente em mais de 30 outros livros, de autorias coletivas. 

Em 1979, Brito recebeu o prêmio World Press Photo do Museu Van Gogh, de Amsterdã, na Holanda. Por onze vezes recebeu o Prêmio Abril de Fotografia, inclusive o de Hors-Concours.

O fotógrafo também expôs, individualmente, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), Palácio do Catete (RJ), Teatro Nacional de Brasília e em várias outras capitais do Brasil. Brito ainda participou de mais de 40 exibições coletivas em nível nacional e internacional, com passaporte carimbado por Londres, Nova Iorque, Paris, Tóquio, Madri, Lisboa, Basiléia, Buenos Aires e México, por exemplo.