Morre mulher que deu cravos a militares e virou símbolo de revolução em Portugal

Celeste Caeiro tinha 91 anos e sua morte foi confirmada pela neta

Da Redação

Morre mulher que deu cravos a militares e virou símbolo de revolução em Portugal
Celeste Caeiro virou símbolo da "Revolução dos Cravos"
Divulgação/Exército Português

Morreu aos 91 anos Celeste Caeiro, mulher que levou a revolução de 25 de abril de Portugal a ser conhecida como “Revolução dos Cravos”. Isso porque ela distribuiu cravos aos militares no dia em que o país derrubou a ditadura do Estado Novo, que durou de 1933 a 1974.

A informação foi confirmada pela neta de Celeste, Carolina Fontela, que disse que à agência Lusa que a avó morreu devido a problemas respiratórios. “Para sempre a minha avó Celeste. Olha por mim”, escreveu ela em sua página no “X”.

Nas comemorações do 50 anos do 25 de abril, que ocorreram neste ano, Celeste surgiu na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e distribuiu cravos aos presentes, em um dos momentos mais emocionantes da celebração.

Em 25 de abril de 1974, um grupo de militares se levantou contra o regime de Portugal, tendo grande apoio da população. Na ocasião, Celeste trabalhava em um café no qual o patrão havia comprado cravos para oferecer aos clientes.

Porém, como naquele dia ninguém trabalhou, o dono do estabelecimento pediu que os funcionários levasse as flores para casa. Quando voltava, Celeste percebeu a movimentação e perguntou aos militares o que se passava. “Isso é uma revolução”, respondeu um deles.

Ela passou então a dar os cravos para os solados que tomavam as ruas da cidade. 

“Nunca me passou pela cabeça que por causa disso o 25 de abril viesse a ser conhecido mundialmente como 'Revolução dos Cravos'”, disse ela em entrevista ao jornal português Diário de Notícias. 

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