Em entrevista ao Estado de São Paulo, o ex-juiz Sergio Moro se defendeu de investigação e possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre suposto conflito de interesse quando julgava acusações da Lava Jato. O pré-candidato à presidência pelo Podemos não revelou quanto recebeu de salário da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal.
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o caso porque a Alvarez & Marsal foi contratada por alvos da Lava Jato para realizar projetos de melhoria da situação econômica dessas empresas, a exemplo da Odebrecht. Os contratos renderam cerca de R$ 42 milhões à consultoria.
Perguntado sobre os possíveis conflitos de interesse enquanto era juiz na Lava Jato, Moro disse que os dados públicos a respeito do contrato com a consultoria serão divulgados pela Justiça Eleitoral. A condição de transparência fiscal é imposta a todos os candidatos das eleições brasileiras.
Já no Congresso Nacional, o Partido dos Trabalhadores (PT) tenta recolher assinaturas para a abertura de CPI contra o ex-juiz. O centrão, base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), ameaça a possibilidade de apoiar a investigação parlamentar contra Sergio Moro.