Moraes rejeita recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade

Segundo Moraes, o pedido não atendeu aos requisitos previstos na lei

Da redação

Alexandre de Moares durante sessão do TSE
Luiz Roberto/Secom/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, rejeitou na última sexta-feira (24), o recurso feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice, Braga Netto, no processo que deixou Bolsonaro inelegível. A decisão porém só veio a público neste domingo (26). Segundo Moraes, o pedido não atendeu aos requisitos previstos na lei.

"A controvérsia foi decidida com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência que se revela incompatível com o Recurso Extraordinário". 

Em junho do ano passado, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela utilização da estrutura física do Palácio da Alvorada para realização de reunião com embaixadores, em julho de 2022, quando atacou o sistema eletrônico de votação.

Impedimento

No documento, a PGR também se manifestou sobre o pedido da defesa de Bolsonaro para considerar o ministro Cristiano Zanin, relator do caso, impedido para analisar o processo. Antes de chegar ao Supremo, Zanin atuou como advogado da campanha do presidente Luiz Inacio Lula da Silva no pleito de 2022. 

Bolsonaro está inelegível até 2030 (Foto: Reprodução/Band)

"As alegações da defesa de existência de impedimento do ministro relator foram apresentadas de forma genérica e com viés subjetivo, não se mostrando, assim, suficientes para a configuração do impedimento arguido", completou a PGR.

Com a condenação no TSE, Bolsonaro ficou impedido de concorrer às eleições até 2030. O ex-presidente também tem uma segunda condenação no caso do uso eleitoral das comemorações de 7 de setembro de 2022.

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