O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Luciano Hang para tirar do Supremo Tribunal Federal o inquérito sobre empresários bolsonaristas. Ele é um dos empresários que está sendo investigado por troca de mensagens em um aplicativo que um dos participantes cita que prefere o golpe militar do que a vitória do ex-presidente Lula nas eleições presidenciais.
Para fazer o pedido, a defesa de Hang alegou que não tem nenhum empresário com foro privilegiado, então não justifica que a ação esteja no STF. Em resposta, Moraes diz que o caso ainda está sob investigação da Polícia Federal, que ainda não concluiu o inquérito e, devido a isso, algum elemento novo pode surgir.
Relembre o caso
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca em 23 de agosto contra empresários que defenderam um golpe de Estado, por meio de mensagens em grupo de WhatsApp, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhe as eleições. O candidato petista está à frente nas pesquisas.
Uma fonte ligada ao Supremo Tribunal Federal (STF) informou à Band que oito empresários são alvos desta operação, entre eles o bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.
Outros empresários alvos da operação são: Marco Aurélio Raimundo (Mormaii), José Koury (Barra World Shopping), Ivan Wrobel (Construtora W3), André Tissot (Grupo Sierra), Meyer Nigri (Tecnisa), José Isaac Peres (rede de shoppings Multiplan), Afrânio Barreira (Coco Bambu).
Os empresários que foram alvos de uma operação da Polícia Federal negam ter incentivado atos antidemocráticos.