Moraes exibe vídeo de atos para comprovar ameaça à democracia: 'Não foi passeio no parque'

Durante leitura do voto em julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro e outros sete em réus por tentativa de golpe de Estado, Moraes voltou a dizer que 'ninguém estava passeando' em 8 de janeiro

Da redação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostrou um vídeo com imagens dos atos violentos de antes do 8 de janeiro e dos atos antidemocráticos para comprovar que houve violência e grave ameaça ao Estado democrático de direito. 

O vídeo foi exibido durante a leitura do voto no julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro e outros sete em réus pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. 

"8 de janeiro não foi um passeio no parque, ninguém que ali estava, estava passeando. Vários policiais foram agredidos, uma policial militar teve o capacete arrebentado por uma barra de ferro", afirmou. 

Ele citou a cabeleireira Débora dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar a frase "perdeu, mané", na estátua da Justiça em frente ao prédio do STF. "Temos a tendência de ir esquecendo e as pessoas acabam sendo enganadas pelas pessoas de má-fé que, com notícias fraudulentas e milícias digitais, criam narrativas de 'velhinhas com Bíblia na mão', de pessoas passeando, que estavam com um batom e foram com o batonzinho na estátua", pontuou. 

Ao mostrar as imagens, Moraes afirma que há materialidade comprovada. "A materialidade exige violência ou grave ameaça. E aqueles que se esqueceram da violência gravíssima contra pessoa, vão se recordar [...] É um absurdo pessoas dizerem que não houve violência, não houve agressão e consequentemente não houve materialidade", disse. 

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