O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a saída do ex-deputado Roberto Jeffferson do sistema penitenciário para passar por tratamento médico, mas manteve a prisão preventiva ao alegar que o político representa risco à ordem pública.
Na decisão, o ministro elencou colocações da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) sobre o quadro clínico de Jefferson. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele sofreu uma queda no presídio, o que pode ter causado um possível traumatismo craniano.
Apesar da autorização, algumas medidas cautelares foram impostas enquanto Jefferson estiver sob acompanhamento no Hospital Samaritano Botafogo, unidade ao qual será encaminhado. Veja abaixo:
- proibição de receber visitas sem prévia autorização judicial, à exceção da esposa e advogados regularmente constituídos, observadas as regras hospitalares;
- proibição de frequentar ou acessar, inclusive por meio de sua assessoria de imprensa, ou qualquer outra pessoa, as redes sociais apontadas como meios da prática dos crimes a ele imputados;
- proibição de conceder qualquer espécie de entrevista sem prévia autorização judicial;
- proibição de uso de celular, tablets ou quaisquer outros aparelhos eletrônicos de comunicação.
De acordo com a Seap, o Hospital Penitenciário não possui estrutura para cuidar de Jefferson, a exemplo de “exames de imagem tomográfica, marcadores tumorais para rastreio de neoplasias e dosagem de hormônios tireoidianos”.
A secretaria destacou que Jeffesorson foi hospitalizado no dia 30 de maio em decorrência a uma queda que agravou o estado de saúde dele. A pasta também pontuou que, desde novembro de 2022, o político perdeu 16 kg, além de sofrer com alucinações e depressão.
Quando faltava uma semana do segundo turno das eleições, Jefferson resistiu a uma ordem de prisão de Moraes por descumprir medidas cautelares. Em reação aos agentes, ele disparou tiros de fuzil e até granadas.