O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou na noite desta quinta-feira (17) a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle.
A medida foi solicitada pela Polícia Federal na última sexta-feira (11), quando o órgão deflagrou a operação Lucas 12:2, que investiga a suposta organização criminosa para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente do país de autoridades estrangeiras.
Segundo a Polícia Federal, os desvios começaram em 2022 e seguiram até o início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o pai dele, general Lourena Cid, e o advogado Frederick.
Pelas regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de autoridades estrangeiras deviam ser incorporadas ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, setor da presidência responsável pela guarda dos presentes, ou seja, não poderiam ficar no acervo pessoal de Jair Bolsonaro e nem deixar de ser catalogados.