Jamil Chade: órgão internacional de direitos humanos vai monitorar atos de 7 de setembro

Comissão Interamericana vê com “muita preocupação” situação do Brasil e fala em ameaça “iminente” à democracia

Da Redação, com BandNews TV

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos disse que vai acompanhar as manifestações bolsonaristas previstas para o feriado de 7 de setembro em várias cidades brasileiras. A confirmação veio após pedido do CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos). As Informações exclusivas são do colunista de assuntos internacionais do BandNews TV, Jamil Chade. 

Contudo, não haverá o envio de uma delegação de observadores estrangeiros ao País, principalmente por conta do curto período de tempo até os atos, além de protocolos sanitários no combate à Covid-19.

No pedido, que também foi feito à ONU, o CNDH justifica que teme por violações de direitos humanos e ataques contra grupos que defendem a democracia. A comissão já vem fazendo alertas sobre a fragilidade da situação brasileira e alertando sobre os riscos que essa ofensiva contra a democracia pode representar para o país. 

Segundo o jornalista, a Comissão Interamericana vê com “muita preocupação” a situação do Brasil e fala em ameaça “iminente” à democracia. Porém, o monitoramento não significa um movimento de ingerência externa do Brasil.

Jamil explica que esse envio de observadores não é algo usual em outros países. Segundo ele, em democracias como o Brasil, os organismos internacionais acabam apenas acompanhando eleições, como as de 2018 e 2020, monitoradas pela OEA (Organização dos Estados Americanos. Tal tipo de acompanhamento acontece em países em situação em que a democracia corre mais riscos, como a Venezuela.

O Itamaraty ainda não se manifestou sobre a carta da CNDH.

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