Monique Medeiros, mãe de Henry, deixa prisão no Rio após decisão da Justiça

Em prisão domiciliar, ela terá de usar tornozeleira eletrônica e não poderá manter contato com pessoas que não sejam parentes ou advogados

Da Redação, com BandNews TV

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, deixou a prisão no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (5) após decisão da Segunda Vara Criminal do Rio de Janeiro pela sua soltura. A decisão da Justiça substituiu a prisão preventiva de Monique pela domiciliar. 

Ela terá de usar uma tornozeleira eletrônica e está impedida de ter contato com pessoas que não sejam parentes ou de sua defesa, além de não poder se manifestar por meio de redes sociais. Segundo a Secretaria de Administrção Penitenciária (Seap), Monique tem o prazo legal de cinco dias para instalação do equipamento para monitoramento.

A juíza Elizabeth Louro argumentou que a soltura não ameaça o andamento do processo e alegou preocupação com ameaças sofridas pela ré na prisão. O Ministério Público afirmou que vai recorrer da decisão, classificada por Leniel Borel, pai de Henry, como "inacreditável".

"É inacreditável que o Estado não pode proteger no seu sistema prisional e então a gente manda assassinos para casa, é isso o que essa decisão quis falar? Já que o sistema prisional do estado do Rio de Janeiro não pode manter a Monique em segurança, aí manda para casa. Então todos os assassinos que estão hoje no estado do Rio de Janeiro podem ir para casa", desabafou ao Brasil Urgente horas após a decisão.

Já o ex-vereador Jairo Santos Souza, o Jairinho, padrasto e principal suspeito pela morte do menino, em março de 2021, continua preso no Rio.

Ambos foram detidos em abril de 2021. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

Caso Henry

O ex-vereador Jairinho é reu por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março de 2021, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio. Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha. 

Jairinho também é acusado de agressão e tortura em outros dois casos: a tortura da filha de uma ex-namorada, entre 2010 e 2013, além do caso de agressões contra o filho de ex-namorada Débora de Mello Saraiva, que teriam sido cometidas entre 2015 e 2016.

Especialistas que acompanharam o caso e tiveram acesso aos laudos periciais acreditam -- com base na descoloração das marcas no corpo do garoto -- que Henry pode ter morrido no fim da noite de 7 de março, e que o corpo pode ter ficado no apartamento por quase cinco horas antes de Monique e Jairinho levarem o menino ao hospital, por volta das 4h.

Com o desenrolar do caso, Jairinho teve o mandato cassado como vereador do Rio em 30 de junho. Ele foi o primeiro parlamentar da história da Câmara de Vereadores fluminense e perder o cargo.

Relembre aqui a cronologia de como foi o caso Henry Borel.

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