A jornalista Mônica Bergamo, colunista do Grupo Bandeirantes, foi alvo de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo a Polícia Federal. Ela declarou que nunca se imaginou passando por esse tipo de situação.
“Para mim foi uma surpresa, a vida de jornalista é normal, comum, é uma vida de fazer reportagens e conversar com as pessoas. Eu imagino que eles gostariam muito mais de descobrir com quem eu estava conversando, quem estava me dando informações”, declarou a jornalista.
A colunista relatou que ficou espantada que, além do monitoramento, houve a tentativa de difamação e tentar conectá-la ao Adélio Bispo. “Claro que é um desconforto, é um aparelho de Estado monitorando pessoas que, na cabeça deles, imaginam que pode, de alguma forma, minar esse governo”, afirmou Monica Bergamo.
“É uma sensação muito estranha descobrir que sofri um monitoramento. É óbvio que sei que falo com muitas pessoas que podem estar sendo monitoradas, grampeadas, a gente tem um cuidado extra. Agora eu mesma sendo monitorada é uma surpresa”, completou.
Durante sua participação diária no BandNews TV, a jornalista também declarou que nunca se imaginou passando por esse tipo de situação.
4ª fase da Operação Última Milha
Nesta fase da operação, de acordo com a PF, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.
“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, declarou a corporação em comunicado.
Os investigados, conforme a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.