Moedas Globais: dólar sobe ante maioria dos pares, com mercados observando sinais de Trump

Por Agência Estado

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em queda de 0,18%, a 107,013 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar recuava a 153,12 ienes, o euro caía a US$ 1,0478 e a libra cedia a US$ 1,2554.

Trump disse que a imposição de uma tarifa de 25% a importações provenientes do México e do Canadá estará entre as "muitas ordens executivas" que pretende emitir em 20 de janeiro de 2025, dia de sua posse. O dirigente sinalizou ainda que "uma tarifa adicional de 10%" sobre produtos da China. A Europa não pode "respirar aliviada" por não ter sido citada na primeira postagem sobre tarifas de Trump, de acordo com análise do ING. O banco holandês explica que é esperado que os formuladores de política da zona do euro continuem apreensivos, já que pode ser apenas uma questão de tempo até que o republicano volte a sua atenção para o setor automotivo europeu ou por tarifas em geral, de maneira ampla.

A Capital Economics aponta que, no meio do Trump Trade, as saídas de capital dos mercados financeiros dos mercados emergentes persistiram nas últimas semanas. "Olhando para o futuro, esperamos que o dólar dos EUA se fortaleça ainda mais, sugerindo que as saídas continuarão", avalia. Nos mercados obrigacionistas, as saídas do México são as maiores desde maio de 2023. Isto não é especialmente surpreendente, dado que Trump ameaçou visar especificamente o México, tanto pelo seu grande excedente bilateral com os EUA, como pelas suas políticas fronteiriças", aponta a consultoria. Ao final da tarde, o peso mexicano era cotado a 20,7003, de 20,3211 ontem, e depois de chegar a recuar mais de 2% na sessão.

Atualmente, com o dólar perto da marca de 155 ienes, a moeda está de volta aos níveis em que o Ministério das Finanças interveio anteriormente, mesmo que sem sucesso, lembra o Julius Baer. A questão agora é se o Banco do Japão (BoJ) irá antecipar a sua próxima subida das taxas do início de 2025 para a reunião de 19 de dezembro deste ano. "Mantemos nossa previsão de três meses de 155 ienes, que foi alcançada com os desenvolvimentos mais recentes, para indicar uma potencial pausa na descida do iene devido ao aperto limitado da política do BoJ esperado no início do próximo ano", aponta o banco.

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