Modificado em laboratório, “mosquito do bem” é aposta contra a dengue no Rio

Em Niterói, os ovos modificados do aedes aegypti ajudaram na redução de cerca de 70% dos casos de dengue

Da Redação

Mosquitos modificados em laboratório deram muito certo como medida de combate à dengue em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Devido ao sucesso na cidade vizinha, a capital fluminense começou a usar a estratégia com a bactéria wolbachia em alguns bairros.

A wolbachia é uma bactéria natural, encontrada em mais da metade dos insetos. Como não está presente no Aedes aegypti, ela é introduzida nos ovos do mosquito, os chamados “wolbitos”, criados em laboratório.

A wolbachia impede que o inseto transmita os vírus da dengue, zika e chikungunya. A tendência é de que, com a reprodução natural, a população do Aedes aegypti seja substituída por mosquitos incapazes de transmitir as doenças.

No Rio, três bairros começaram a receber os mosquitos do bem nesta terça-feira (2). Nas próximas semanas, Caju, na Zona Norte, e o Centro, receberão pelo menos 600 mil wolbitos. A expectativa é atingir ao menos 1,5 milhão de pessoas.

A Ilha de Paquetá também receberá o reforço no combate à doença. Outros 29 bairros, na Ilha do Governador, na Zona Norte, já receberam o método. Em Niterói, os wolbitos ajudaram na redução de cerca de 70% dos casos de dengue.

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