Mitre: o cenário incerto das eleições americanas

Fernando Mitre
Reprodução/Band

O sistema eleitoral americano, criado pelos Pais Fundadores, que elaboraram, em 1787, uma arquitetura político-jurídica que o mundo não conhecia, dando forma e vida à festejada, mas ultimamente vista como preocupante, Democracia na América - título, aliás, do grande livro de Tocqueville - esse sistema está transferindo a um punhado de eleitores, nesta terça-feira, a missão de decidir o futuro do país e, de certo modo, o do mundo. 

É a regra... e tudo fica mais claro agora, quando olhamos para o mapa eleitoral dos Estados Unidos e confirmamos que a eleição - com os dados da campanha e das pesquisas disponíveis - será resolvida por alguns milhares de americanos ainda indecisos, em 7 Estados, talvez em um deles, como a Pensilvânia ou a Geórgia. Ou, quem sabe em Nevada, com seus seis delegados. 

São possibilidades de um sistema indireto, onde valem os votos do colegiado. O desempate virá de um desses Estados, onde Kamala Harris e Donald Trump disputam voto a voto suas diferenças em temas cruciais como o desafio climático, o trato com os imigrantes, o direito ao aborto, os direitos humanos, a política de impostos, as relações com a China, a guerra e a paz - entre tantos outros que alimentam esse confronto essencial entre os candidatos. 

E sem esquecer o que pode ser a diferença mais importante: o modo, conhecido de todos, dentro e fora dos EUA, como ela e ele prezam e tratam a democracia.

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